Nos fundos da Estrada Rio da Prata, o visitante
é surpreendido por um cenário de beleza singular. Depois de despencar
de um salto escondido no mato e com mais de 100 metros de altura, o rio
da Prata passa com sua água cristalina pela propriedade do casal Valdir
Bartz e Eliane Hamann Bartz.
Os dois aproveitaram o potencial turístico oferecido pela natureza
para implantar o Recanto Nascentes Divinas e abriram a propriedade ao
público. Pelo preço camarada de R$ 3, o visitante pode se banhar na
correnteza do rio e, de quebra, dispor da estrutura do recanto, com
churrasqueira, fogão a lenha, geladeira, freezer, banheiros, tudo
concentrado em um rancho rústico.
Para chegar ao recanto é preciso paciência e cuidado, porque no final
do percurso a estrada é muito estreita, dificultando o cruzamento até
de veículos de passeio. Apesar deste desconforto, percorrer os sete
quilômetros da Estrada Rio da Prata é plenamente recompensado pelo
espetáculo da natureza ao longo do caminho e, em especial, na
propriedade dos Bartz.
Donos de uma autêntica casa enxaimel, Valdir e Eliane informam que
ela foi construída há mais de 100 anos pelo primeiro Bartz que se
instalou nos fundos da estrada. Orgulhos da história da família, eles
revelam que já receberam algumas propostas para vender a propriedade,
mas descartaram todas e se apressam em avisar que ela não está à venda.
“Não vamos sair daqui nem por todo o ouro do mundo. Queremos ficar para
sempre neste paraíso”, enfatiza Eliane.
Além de manter o recanto Nascentes Divinas, o casal continua
trabalhando na agricultura. Produção de leite, mel e banana orgânica são
as principais atividades. Eliane reclama da dificuldade enfrentada para
vender as bananas produzidas por eles, muito mais saudáveis, porque são
sem agrotóxicos e outros produtos, como óleo mineral. “Banana orgânica
não tem a bela aparência daquela “benzida” com elementos químicos. Por
isso, seu valor comercial é pequeno. Isso é lamentável, porque deveria
acontecer justamente o contrário”, comenta a produtora.
Na Estrada Rio da Prata, a divisão de propriedades agrícolas para a
implantação de chácaras para o lazer domingueiro de famílias da cidade é
uma realidade que vem ganhando espaço.
Mas apesar da evasão de boa parte dos jovens, que ganham a vida
trabalhando na cidade, é naquela comunidade que se concentra ainda um
dos principais focos de famílias que continuam tirando o sustento da
terra por intermédio da agricultora praticada em regime familiar.
As culturas de banana, aipim e hortaliças são as atividades mais
fortes da Estrada Rio da Prata, comunidade do meio rural joinvilense que
se destaca pelo cenário e pelas casas, pomares, lavouras e pastagens
bem cuidadas.
Fonte: Notícias do Dia
Acessado em: 10/05/2014
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